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A partir de proposições artísticas de cinco oficinas com arte educadores de diferentes segmentos, esta exposição coletiva conecta as diferentes produções realizadas por 54 criadores participantes das oficinas com idades e trajetórias heterogêneas que refletem repertórios artísticos e experiências profissionais distintas.

 

Não existem palavras nem fórmulas matemáticas que expressem a intensidade das trocas ao longo dos encontros que aconteceram em março de 2021. Alguns criadores presentes nesta exposição participaram apenas de um encontro da oficina para qual se inscreveram. Já outras pessoas participaram de várias, como Claudia Diaz, Inara Vidal, Patrícia Ioco, Marie Bueno, Teresa Cristina Bendini, para não falar da inexpressável Madu Assis que participou de todas as oficinas como uma autêntica abelhinha polinizadora de ideias, absorvendo e transformando tudo  em novos e flutuantes sentidos. 

MOSTRA ONLINE

2021

17.04

15h

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Cada oficina partiu de uma proposição artística que procurava conduzir caminhos para a expressão individual e coletiva. Elisa Castro ofereceu a Oficina Não ceder ao medo, desenhando estratégias de escuta que desembocaram na elaboração de uma bandeira que foi exposta na janela ou balcão de cada casa. Robson Jacqué propôs uma dança invisível por meio de ferramentas de exploração do movimento sutil. Regiane da Silveira ativou sua experiência com os públicos mais diversos para inspirar uma escrita a partir dos repertórios individuais. Melissa Rahal e Juliana Fiebig conduziram um olhar para as imagens a partir da cianotipia para a criação de novas possibilidades. Eu, que atuei como arte educadora e curadora, explorei as possibilidades de um ateliê online, onde a troca e o compartilhamento funcionassem como um mergulho para a criação. Nestes encontros, que tive a oportunidade de acompanhar muito de perto, as trocas permearam as angustias e formularam-se espaços para pronunciar a dor e o sem sentido, mas também se encontrou no riso e no brincar, o alimento para a magia. Como tão bem formulou Robson Jacqué: “A arte é o culto do sagrado, do estar presente num estado tão inteiro que a loucura do dia a dia some, desaparece e você naquele momento precisa fazer um videozinho de dança, naquele momento trata-se apenas da pessoa estar presente apenas com o corpo e a brincadeira dela, e isso é tão volátil que se você não dá esse tempo de rito, se você não abre tempo para esse rito, a nossa vida se torna ordinária.”

 

Contra o ordinário pandêmico a que estamos sujeitos, forçados a um cotidiano que tem um perímetro curto e sempre assustado com o que o rodeia, estas oficinas trouxeram dilatações no espaço-tempo que reverberam na formulação desta exposição. A mostra não está divida por linguagens ou temas, mas pelo entrecruzamento de vozes polifônicas que surgiram e reverberam de um encontro para outro. Para transitar pela exposição você encontrará símbolos indizíveis que conduzem a espaços onde cada criador foi colocado em diálogo próximo ao que o circunda. 

Pensar esse formato online foi uma construção coletiva, não só a partir das produções dos 54 criadores e cinco arte educadores, mas também dos intensos diálogos com a artista e designer Lindsay Ribeiro que concebeu toda a identidade visual do projeto e com a canceriana fotógrafa e videomaker Melissa Rahal que me acompanhou nesta aventura pelos espaços ocos do impronunciável. 

 

Célia Barros

Criadores

Adriana Soares

Aline Souza

Ana Claudia Freire Da Silva

Ana Derland R Tanaka

Andrezinho Ferreira 

Andréa Graupen

Andressa Moura Lewek

Andrew T. Aragão

Camila Martins

Carolina Reis

Cibele Fernandes

Ciça Kaline Cruz Rosa 

Cicilia Jacó

Clara Moreno

Clara Santos

Clarice Sabino

Claudia Diaz 

Dalva Ferreira da Silva

Daniel Brás

Débora Madara

Fernanda Aoki

Fernanda Oliveira Vieira

Gabriela Loreti

Inara Vidal

Iracema De Fátima Bedoia

Isabela Ataíde 

Isadora Jochims 

José Carlos de Miranda 

Joyce Pereira

Lucinda Figueiredo

Marcelo Fernandes

Marcia de Oliveira Torcatto

Márcio Campos

Mari D'terra

Maria Cristina Hilário da Silva

Maria do Carmo de Oliveira Nunes

Maria Eduarda Santos de Assis 

Marie Bueno

Nalu Luzio

Níke Krepischi 

Patrícia Andrade

Patricia Ioco

Patrícia Sampaio

Polyana Toma

Rafael Rocha

Raíla Serra

Rodrigo  costa 

Rosana Cássia Imbuava

Suelen Gonçalves da Silva 

Teresa Cristina Bendini 

Valéria Cristina Constantino Almeida

Edson Wander

Talita Fróes

Equipe técnica

Célia Barros - artista, curadora e educadora

Elisa Castro - artista e professora, ministrou a oficina Não ceder ao medo.

Juliana Fiebig - atriz, diretora teatral e artista visual, ministrou a oficina de apreciação da imagem e cianotipia.

Lindsay Ribeiro - artista e designer gráfica, desenvolveu a identidade visual e a configuração do site.

Melissa Rahal - fotógrafa, videomaker e produtora cultural, edição de vídeo e som, ministrou a oficina de apreciação da imagem e cianotipia.

Regiane da Silveira - artista e teraputa, ministrou a oficina Nossa escrita, nossa identidade.

Ricardo Salem - Social media e assessor de imprensa.

Robson Jacqué - Diretor artístico, coreógrafo e performer, ministrou a oficina de Dança invisível.

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