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Oportunidade Porteira aberta!

— Lícida Vidal


Cresceu em Igaratá, no Vale do Paraíba, e investiga as relações conflituosas que se dão nas paisagens colonizadas, há muito tempo monocultoras. Nesse trânsito da memória construída em um universo rural de mar de morros que se geometrizou rapidamente, em linhas agudas depois das plantações de eucaliptos. Com a mudança da forma veio a desertificação, não só pela homogeneização de espécies, mas também pelo esvaziamento do cotidiano e práticas coletivas da vida caipira. Esse círculo por saberes subalternizados, experiências íntimas e pesquisas acadêmicas se traduz nos seus trabalhos, à procura de criar estratégias para devolver autonomia a corpos e territórios.


A artista insere na Revista Latente o seu anúncio libertário: “Oportunidade! Porteira Aberta”. Um gesto site specific de quem vive e percebe a paisagem do interior sempre à venda, resistindo sob pressão ao sucateamento imobiliário ou extrativista.


Lícida Vidal, Oportunidade - Porteira aberta!
Lícida Vidal, Oportunidade - Porteira aberta!
Lícida Vidal, Oportunidade - Porteira aberta!
Lícida Vidal, Oportunidade - Porteira aberta!

Lícida Vidal, Oportunidade - Porteira aberta!
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Lícida Vidal, Oportunidade - Porteira aberta!
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Lícida Vidal

Nascida em São Paulo - SP, em 1984, é artista visual, vive e trabalha em Ubatuba - SP. Cursou Ciências Sociais na FFLCH/USP. Através de ações performáticas, fotografia, vídeo e instalações, sua pesquisa atravessa questões sobre o gênero feminino e a natureza. Cresceu em Igaratá, no Vale do Paraíba, e investiga as relações conflituosas que se dão nas paisagens colonizadas, há muito tempo monocultoras, nesse trânsito da memória construída em um universo rural de mar de morros que se geometrizou rapidamente, em linhas agudas depois das plantações de eucaliptos. Com a mudança da forma veio a desertificação, não só pela homogeneização de espécies, mas também pelo esvaziamento do cotidiano e práticas coletivas da vida caipira. Hoje mora na fronteira da floresta e da cidade, em Ubatuba - SP. Esse círculo por saberes subalternizados, experiências íntimas e pesquisas acadêmicas se traduz nos seus trabalhos, à procura de criar estratégias para devolver autonomia a corpos e territórios. A argila e a água são suas principais matérias-primas, as quais têm uma carga simbólica dentro desse debate sobre interdependência, escala, territórios, diversidade e coexistência no processo de colapso da era do combustível fóssil. Integra o Coletivo Vozes Agudas, junto ao Ateliê397. Em 2020, realizou residência na Usina de Arte, em  Pernambuco. Em 2021, participou da exposição Dizer não, realizada pelo Ateliê397; em 2022, da exposição Estamos Aqui, no Sesc Pinheiros; em 2023, da exposição Zonas de sombras, Pinacoteca de São Bernardo do Campo.

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